OS DESAFIOS DE TODOS E DO BRASIL NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

A era do conhecimento tirou o comodismo e a ideia de que aqueles que são maiores economicamente poderão permanecer assim por muito tempo. O mundo atual é das oportunidades para todos, desde que se antecipe aos acontecimentos, se preparem e principalmente, invistam em conhecimento.

O conhecimento ideal hoje, não é qualquer tipo de conhecimento. Não basta um profissional adquirir conhecimento teórico sobre determinado assunto. É necessário que seja pertinente ao que deseja deste profissional, aplicativo e diferenciado.


Para um empresário, o conhecimento pode variar desde a marca de sua empresa, passando pela a capacidade de seus funcionários até a maneira como se posiciona diante de seus clientes. Fazendo com que tudo contribuía para a conquista financeira almejada, mas também para se manter no mercado de mudanças radicais e ainda tenha condições de se antecipar ao futuro.


Quanto aos países, os desafios são infinitos. Os mais desenvolvidos querem se manter neste patamar, visto que as transformações são rápidas. Países como o Brasil tem um desafio ainda maior, que é deixar de ser país importador de tecnologia e exportador de matéria prima, na grande maioria das vezes, e também, desenvolver uma sociedade capaz de enfrentar as constantes mudanças.


Vive-se um clima de conquistas rápidas nas economias dos países e também de perdas na mesma velocidade. A rapidez com que um país adquire status de poder econômico é muito mais célere do que se viu anteriormente através da história. Os governantes de países, líderes de blocos econômicos, patrões, empresários, estudantes e profissionais, todos necessitam se antecipar, prever os acontecimentos para não serem pegos de surpresa. Ser “pego de surpresa” na sociedade atual, significa perder. E esta perda pode se dar em vários níveis da escala social e mundial.


Para os líderes e governantes de países a política deve ser voltada tanto para dentro quanto para fora. Num mundo globalizado não se pode mais pensar somente para dentro das realidades do povo, mas também para fora das fronteiras. Há uma necessidade de visão ampla dos governantes para dar condições à sociedade de se preparar para as mudanças. Nesse ponto a dificuldade se amplia, visto que ocorre a questão da massificação e da burocracia.


O desafio brasileiro é bem maior. O Brasil ainda é o país dos contrastes, da péssima distribuição de renda, da educação ineficiente, da corrupção, da burocracia, dos baixos salários.


Elevar o nível da educação é uma das bases fundamentais em qualquer país e em qualquer época. Isso continua sendo a alavanca propulsora de qualquer economia e administração. O Brasil tem pessoas que sabem ler, mas não sabem concatenar as ideias. A população não conhece cultura onde possa aflorar seus talentos. Não existe uma reforma política, que apesar de urgente, ainda não foi implantada. Um município tem planos de governo e realizações administrativas por quatro ou oito anos. Depois que a administração muda de governante tudo que foi realizado é desfeito ou não se dá continuidade tendo em vista as guerras partidárias.


Atualmente, a construção civil (que ainda é um medidor da economia) tem necessitado de mão de obra qualificada como pedreiro e auxiliar, mas não tem encontrado. O que se poderá dizer das demais profissões?


Para que o trabalhador brasileiro seja capaz de realizar um trabalho de ponta, tirando o Brasil da situação de importador de tecnologias e conhecimento, é necessário fazermos as lições de casa que os outros países já fizeram há muito tempo: política – economia e educação. É a base estrutural para as demais ações que também necessitam de celeridade. A agilidade e eficiência na sociedade do conhecimento, é condição primordial.



Raquel Michelline


Comentários

Postagens mais visitadas